A notícia que ilustra este opúsculo é da autoria dessa verdadeira Ménade do jornalismo nacional, a embriagante Sra. Tânia Laranjo.
A 15 de Fevereiro de 2020, a jornalista da ébria escrita, da oscilante conclusão, do dormente torpor jornalístico, a Sra. Tânia Laranjo, mestra da prolepse (este nome feminino em nada está relacionado com o deus nascido na cidade de Nysa, India) antecipa o que o Ministério Público e a Polícia Judiciária, um dia após a "descoberta do vestígio de um projéctil", conforme escreve, acredita que o "ex-P.J., condenado por corrupção" fez na casa de Rosa e Luís Grilo: PLANTOU PROVAS!
Vinte e quatro horas depois da notícia da deslocação do "ex-P.J. condenado" à casa de Rosa e Luís Grilo, sem ter estado no local a Polícia Judiciária ou o Ministério Público, a jornalista em questão, a intoxicante Sra. Tânia Laranjo, avança o que a P.J. acredita ter feito o "ex P.J. condenado", assim como apresentou a informação privilegiada que dispunha sobre o que o Ministério Público tinha em mente. Surpreendente trabalho jornalístico!
Embriagada pela certeza da informação recolhida junto das suas cristalinas fontes (o único trocadilho em que correlacionamos a Sra. Tânia Laranjo com água), a Ménade assinou a notícia e zonza prosseguiu a sua obnubilada carreira.
Passados três anos após esta notícia, impõem-se, presentemente, uma total sobriedade no que vamos expor pelo que não se referenciará mais a Sra. Tânia Laranjo.
No passado dia 3 de Fevereiro de 2023, a notícia que outra jornalista do Correio da Manhã apresentou "urbi et orbi" foi sobre António Félix Joaquim, não referindo nada sobre o que de muito grave se passou no interior apinhado do contentor onde se realizou a sessão de julgamento do processo-crime 3/20.9 GCVFX, ou seja, na sessão em questão apresentou-se a prova de que a Polícia Judiciária falsificou perícias, falsificou provas para condenar o "ex-P.J." agora Consultor Forense.
Caríssimos, se isto não é notícia, o que será?
Oiçam o que se passou, clicando no vídeo que colocámos aqui, escutem com muita atenção, por favor:
Sessão de Julgamento de dia 3 de Fevereiro de 2023, processo 3/20.9 GCVFX
A minha pena não possui a arte e o engenho necessários para descrever as expressões que se desenharam nas faces da Sra. Juiz e da Sra. Procuradora e, infelizmente, o Tribunal não permitiu a gravação vídeo das sessões, pelo que deixo à Vossa imaginação a imagética da expressão facial da Juiz e da Magistrada do Ministério Público que os presentes tiveram oportunidade de observar.
Mas até aqui chega a humilde pena: qual a razão para ninguém ter noticiado o que realmente se passou, nem sequer os ansiogénicos sensasionalistas do "Correio da Manha" (a ausência do sinal gráfico na última palavra, utilizado para marcar a característica sonora da vogal, é intencional)?
Venha a antevisão: creio que no próximo dia 3 de Março de 2023, sexta-feira, às 10H00, por não se encontrarem presentes na sessão o Sr. António Joaquim ou a Sra. Rosa Grilo, ninguém dos orgãos de comunicação social reportará o que possa suceder!
A questão: não consideram isto lamentavelmente triste e preocupante, uma vez que se prova que a Polícia Judiciária falsificou provas e todos e todas com responsabilidades na informação dos nossos concidadãos, surpreendentemente, não fazem notícia?
Existindo uma queixa-crime na Procuradoria Geral da República contra Procuradores da República, Directores, Coordenadores, Inspectores e Peritos da Polícia Judiciária, não terá interesse público a notícia, a revelação deste facto?
Não creio que os jornalistas estejam em choque, paralisados pela indignação ou que tenham ficado petrificados como ficou a Sra. Procuradora da República, Dra. Daniela Dos Reis Maia, representante do Ministério Público no julgamento do "tiro na banheira", Magistrada que acriticamente seguiu o que a P.J. apresentou e que durante uns segundos só repetia, "Eu não vi, eu não vi...", referindo-se à fotografia original realizada pela P.J. em 2018, onde se pode observar o tiro na banheira (silicone), provando-se através da mesma a miserável acção da Polícia Judiciária: falsificação de provas para condenar o "ex-P.J.", presentemente Consultor Forense.
Vejam o vídeo a seguir, escutem com atenção, reparem como a Sra. Procuradora está praticamente afónica (psicossomático, com toda a certeza):
Sessão de Julgamento de dia 3 de Fevereiro de 2023, processo 3/20.9 GCVFX
E agora, como diziam os inimitáveis Monty Python: "and now for something completely different" (ou talvez não seja assim tão diferente ...)
Noticiou o Jornal de Notícias que o Director do FBI esteve na Polícia Judiciária para estreitar relações.
Enorme foi a foguetada e maiores foram as parangonas.
Notícia Jornal de Notícias
A nossa questão é esta: será que o Sr. Christopher Wray sabe que posou ao lado do Director Nacional de uma polícia que FALSIFICA PROVAS PARA CONDENAR INOCENTES?
Mais uma: é possível, podemos acreditar, que os elementos do Governo e restantes indivíduos presentes na fotografia que se segue (coitado do ignorante Director Christopher Wray, o J. Edgar Hoover está indignadíssimo lá nas profundas do Inferno) compactuam com este tipo de gestão, com esta Direcção da Polícia Judiciária portuguesa que FALSIFICA PROVAS PARA CONDENAR INOCENTES?
Ficam as questões e as acções com quem as praticou, mas não passarão impunes porque a comunicação social não quer noticiar.
No interior do mísero contentor, a Juiz, Dra. Catarina Batista da Silva, tem a oportunidade, o real poder e à sua disposição a livre apreciação do que foi apresentado, para lograr ofertar uma decisão justa e exemplar.
Aguardemos serenamente porque, como escreveu o Bardo de Stratford-upon-Avon, "(...) há uma providência especial na queda de um pardal. Se tiver de ser agora, não está para vir; se estiver para vir, não será agora; e se não for agora, mesmo assim virá. (...)"
E "eles", depois disto, só podem mesmo ser responsabilizados criminalmente e cair, pois menos que isso seria demasiado grave e insustentável para um Estado que proclama ser democrático e de direito!
Que a verdade seja reposta e que, consequentemente, sejam responsabilizados todos aqueles e aquelas que a subverteram, dolosa ou negligentemente.
Aguardemos com a tranquilidade de um recluso que espera pela Boa Hora.