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Em 1633, diante do Tribunal da Inquisição em Roma, Galileu Galilei renuncia à tese do sistema heliocêntrico.

Treze anos antes, em 1610, data da publicação da sua obra “Sidereus nuncius” (“Mensageiro das Estrelas”), Galileu dá a conhecer as suas mais recentes descobertas, pronunciando-se publicamente pela primeira vez a favor do sistema coperniciano.

Constrangido e derrotado pelo desmesurado poder vigente, a lenda diz-nos que no final do processo que lhe foi movido terá batido vigorosamente com o pé no chão e murmurado a famosa frase:

“Eppur si muove!”

“No entanto, move-se!” Galileu Galilei referia-se ao planeta Terra. Conquanto o Poder instalado proclamar o contrário, apesar de existirem outras perspectivas e doutrinas do Sistema ou defendidas por aqueles – na altura Ilustres e respeitados pensadores com obra publicada - que eram os favoritos dos Senhores que reinavam e decidiam o que era o Sistema, de facto a Terra movia-se e girava em redor do Sol e não o contrário.

Numa pintura cuja autoria é atribuída a Bartolomé Esteban Murillo, pintor barroco do século XVII, o artista retrata um Galileu Galilei recluso, no interior da sua cela, cristalizando o momento em que este acabou de gravar na parede nua e fria a frase “Eppur si muove”. Encontramos o “fundador da análise experimental” apreensivo, resignado, resignação evidente pela observação da sua mão esquerda e do encolher de ombros que por pouco não presenciámos.

“Eppur si”, locução italiana, foneticamente igual à expressão portuguesa “É por si”. Esta homofonia foi por nós explorada porque a “Eppur si – Consultoria, Análise e Formação Forense, Lda.” existe para Si, para o servir, para servir de forma capaz e profícua os interesses de quem recorre aos nossos serviços.

Mais do que a colagem fonética, o jogo de palavras, a “Eppur si – Consultoria, Análise e Formação Forense, Lda.”, abraça o espírito científico, combate a ausência do progresso que consequentemente faz medrar retrocessos, não se dando por satisfeita com o Mundo tal como ele se apresenta ou é institucionalmente apresentado, tal como todos aqueles que tiveram razão cedo demais.

Pretendemos sacudir o “status quo” através do pensamento independente e autónomo, sem a tutela dos “bildungphilisters”, os “filisteus do conhecimento”, termo utilizado por Nietzsche para se referir aos detentores de uma pseudo-cultura, não genuína, escudados em dogmas, que se caracterizam por uma exposição cosmética à cultura e à ciência, reconhecíveis por apresentarem uma profundidade oca.

Os “filisteus do conhecimento” aos quais falta imaginação, erudição e cultura, tanto mais nefastos quanto os lugares de Poder que ocupam na nossa sociedade: decisores judiciais e/ou políticos, pseudo-cientistas, organismos serôdios e bafientos que não permitem o escrutínio, a salutar critica construtiva, a discussão aberta e a honestidade intelectual.

A ousada colagem à figura de Galileu Galileu e à frase, para muitos apócrifa, que terá pronunciado aquando da sua abjuração, é para nós fácil de fazer e mais fácil ainda de justificar.

Também na “Eppur si – Consultoria, Análise e Formação Forense, Lda.“, tivemos a valiosíssima oportunidade de viver a experiência da reclusão, conquanto não tenhamos abjurado ou retractado nada do que foi dito ou feito.

Também na “Eppur si – Consultoria, Análise e Formação Forense, Lda.”, no primeiro ano da sua fundação, após o primeiro trabalho realizado, sentimos o Sistema a defender-se, a reagir recorrendo ao Poder que encerra em si, não permitindo o escrutínio, a discussão científica, mas ao invés, optando por pressionar, coagir, censurar, tentando asfixiar a voz dissonante, o espírito curioso, a indagação, sujeitando os elementos da “Eppur si” a julgamento – 3/20.9 GCVFX – tão somente porque ousámos colocar em dúvida a sacrossanta infalibilidade do sistema judicial português.

Os serviços que prestamos alicerçam a sua proficuidade na experiência teorizada acumulada ao longo de 18 anos de serviço prestado na Polícia Judiciária: não aquela experiência de “demasiada acumulação de particulares”, mas a experiência pensada, “falsificada” (pelo melhor método “popperiano”) sublimada pelo teste de resistência ao emprirismo céptico.

Na “Eppur si – Consultoria, Análise e Formação Forense, Lda.”, aplicamos as nossas energias, o nosso “saber fazer” e o nosso “saber conhecer”, no sentido de investigar os fenómenos, de melhorar o estado da “res publica” e de a tornar inteligível e acessível a todos.

Reconhecemos que a forma do ser humano ver o Mundo é decisivamente influenciada pela linearidade emocional, pela padronização de comportamentos e pensamentos expectáveis. As nossas instituições não estão preparadas para “não-linearidades”, para os sujeitos ou organizações que desafiem, contestem, questionem. O indivíduo comum opta comodamente por acreditar sem questionar, é voluntariamente escravo do enviesamento para a confirmação e sente-se seguro quando refém da falácia narrativa. Mais tarde ou mais cedo, invariavelmente, as instituições aproveitam e tornam-se autoritárias contribuindo para o surgimento de uma nociva sociedade totalitária.

Estes fenómenos estudados, esta predisposição humana, demasiado humana, condiciona o desenvolvimento de uma sociedade democrática, igualitária, progressista, e tudo isto se traduz e manifesta na insidiosa corrosão oculta de um dos pilares fundamentais da mesma: a Justiça.

A “Eppur si – Consultoria, Análise e Formação Forense, Lda.”, nasceu da necessidade de se reforçar este pilar fundamental – a Justiça – de contribuir para esse reforço, de auxiliar quem – o nosso Cliente - se vê confrontado, quer como Arguido, Vítima, Testemunha, Perito ou decisor, com o sistema de Justiça e/ou com a injustiça do mesmo.

O nosso lema é:

"Auxiliamos na (In)Justiça!"

" We help in (In)Justice! "

- Eppur Si...

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